Ilha mal-assombrada no Oceano Pacífico
Ninguém consegue entender como ela foi construída. Imagens de satélite dão uma nova luz à cidade misteriosa construída em uma ilha no meio do Oceano Pacífico. Exploradores descobriram ruínas de Nan Madol que datam de aproximadamente 100 anos atrás, na ilha de Pohnpei na Micronesia, reportou o jornal britânico Independent. A ilha é situada a 2.574 km da Australia e 4.023 Km de Los Angeles. Alguns habitantes locais de Pohnpei se recusam a caminhar por perto das ruínas da cidade, acreditando que é mal-assombrada, de acordo com o Independent. O escritor de histórias de terror H.P Lovecraft até tomou a história como inspiração para a cidade de R’lyeh em um de seus contos. “Por que alguém construiria uma cidade no meio de um oceano?” diz o arqueologista Patrick Hunt em um episódio de “What on Earth?” TV show exibido no canal Science Channel, que discute as imagens de satélite. “Por que aqui, tão longe de qualquer outra civilização conhecida? A cidade que foi desenvolvida de 1200 a 1700 e foi construída em recifes de coral, conectada por uma série de canais. Nan Madol serviu como uma grande e religiosa cidade na Polinésia e alguns locais chamam as ruínas de “Soun Nanleng” que significa “Recife do Paraíso”, de acordo com o Pohnpei Visitores Bureau. As ruínas incluem tumbas, locais de banho e templos. Nan Madol é constituída de 92 ilhas artificiais espalhadas por 200 acres, Smithsonian Magazine reportou. Algumas das paredes das ruínas possuem 7,6 m de altura e o peso total das pedras negras é de aproximadamente 750.000 toneladas métricas. Isso torna o monumento maior do que as pirâmides egípcias, de acordo com o mesmo relatório. Sem o uso de polias ou outras ferramentas, o mistério persiste quanto à forma como a cidade foi construída. “Nós não sabemos como eles trouxeram as colunas aqui e nós não sabemos como eles às levantaram para construir as paredes. A maioria dos Pohnlpenians se contentam em acreditar que eles utilizaram mágica para fazê-los voar”, um arqueologista de Pohnpei chamado Smithsonian. Tradução do site:...
Saiba algumas curiosidades sobre a pista de Nürburgring
A inauguração oficial do circuito de Nurburgring ocorreu em 18 de junho de 1927. A construção começou em 1925 e demandou a mão-de-obra de cerca de 3 mil trabalhadores. O primeiro GP de F1 disputado em Nurburgring foi em 1951. A Ferrari foi a vencedora com Alberto Ascari, o maior ídolo do automobilismo italiano em todos os tempos. Ascari estabeleceu um recorde que até hoje não foi alcançado: venceu nada menos que nove provas seguidas. O pentacampeão de F1 Juan Manuel Fangio marcou a volta mais rápida da primeira corrida de F1 disputada no circuito, com o tempo de 9min55seg08 e uma velocidade média de 137.921 quilômetros por hora. A justificativa para um tempo tão longo não era apenas os carros, mais lentos, mas principalmente a extensão da pista, que naquela época era de 22,8 quilômetros. Hoje, com 5,15 quilômetros, o tempo caiu consideravelmente. Em 2007, a melhor volta foi de Felipe Massa, com 1min32s853. Em 1973, a Ford contratou dois dos melhores pilotos da atualidade para fazerem dupla em uma prova de turismo. Emerson Fittipaldi e Jackie Stewart pilotaram um Ford Capri nos 1000 km de Nurburgring, mas acabaram abandonando a prova antes do final. Em 1976, o piloto austríaco Niki Lauda sofreu um grave acidente em Nurburgring, O carro que pilotava pegou fogo em um acidente e Lauda sofreu queimaduras muito graves. A primeira prova de F1 realizada no traçado menor de Nurburgring aconteceu em 1984, o GP da Europa e o vencedor foi Alain Prost. No ano seguinte a pista recebeu o GP da Alemanha e a vitória ficou com Michele Alboreto. O único brasileiro a vencer uma prova de F1 nesta pista foi Rubens Barrichello, com a Ferrari em 2002. ...
A cidade para se ver… Antes de morrer!
A pergunta: “Se eu possuísse apenas uma passagem durante a minha vida, qual cidade deveria conhecer?”. A romântica e eterna Paris? A encantadora e fervilhante Sevilha? Ou, quem sabe, o museu a céu aberto encontrado em Roma?! De todas que conheci, eu diria apenas uma palavra: Veneza! A cidade localizada na Lagoa de Veneza, no Mar Adriático, possui 177 canais, 409 pontes e 120 ilhas. Construída sobre milhares de pilares de madeira – que, submersos e sem contato com o ar, não apodrecem -, Veneza possui um único meio de transporte: barcos. Confesso: no dia que parti para Veneza a tensão era imensa. Degustei meu último café em Verona, entrei no trem e segui viagem. Não consegui descansar nem um minuto durante o percurso. Meus olhos estavam “grudados” na janela. Ao chegar a Veneza Mestre, um tremor começou em minhas mãos, que já estavam frias. Ao atravessar a Ponte della Libertá – que liga o continente com Veneza –, minha emoção aumentou ao vislumbrar as primeiras cenas da cidade. Ao desembarcar na estação Santa Lucia, não segurei e, como uma criança que recebe o presente de Natal que pediu o ano inteiro, chorei. Quem já realizou esse sonho, ao ler a primeira frase, irá compreender perfeitamente. Entrei no primeiro Vaporetto – os barcos utilizados para transporte – e segui em direção ao hotel. O que mencionam sobre a cidade é verdade: existem dezenas de vielas e pequenas ruas estreitas. Um fator é claro: um mapa não ajudará muito e, pode ter a certeza, você irá se perder. Mas não se preocupe: as ruas principais, os bairros e os pontos turísticos são todos muito bem sinalizados, de qualquer parte da cidade. Um conselho: reserve um hotel o mais próximo possível de um ponto turístico famoso. Assim, a localização será mais fácil. Virando uma viela, contornando outra, atravessando uma pequena ponte, virando para a esquerda, direita, esquerda novamente e… cheguei a Piazza San Marco. Definitivamente, é o lugar mais frequentado da cidade e foi descrita por Napoleão como “a mais elegante sala de estar da Europa”. Ponto de encontro de turistas, fotógrafos, poetas e artistas, há dezenas de cafés e restaurantes que compõem a estrutura e o fluxo de pessoas é constante, mesmo à noite. Ah, uma particularidade: durante o almoço, senti o restaurante mexer, levemente, indo de um lado para o outro. Depois constatei que toda a cidade balança. Óbvio! Algo construído em cima do mar seguirá o mesmo ritmo. No hotel, a sensação foi um pouco desconfortável, principalmente na cama. Se eu estivesse em um barco, a questão estaria resolvida… Mas eu estava no térreo de um prédio de...
O luxo de Versailles
Qualquer turista sentirá uma agitação diferente no dia em que visitar Versailles. Há um magnetismo único no mais famoso château (castelo) da França, em uma proporção semelhante ao seu tamanho. Em qualquer guia ou site está escrito para você não deixar de visitar o Château. O local foi construído como um “mundo paralelo” luxuoso para a corte francesa, que ignorava a situação deplorável da população. Algo ainda familiar atualmente. Como chegar a Versailles? Fácil! O trem que leva até o château não faz parte da rede de metrôs de Paris, ou seja, você precisa comprar um novo bilhete (igual ao do metrô). Opções de transporte: 1) nas estações de metrô de Paris onde passa o REC C (que leva ao castelo), você deve descer na estação Versailles Rive Gauche, a mais próxima do castelo; 2) da estação de trem Gare Montparnasse em Paris, você deve descer na estação Versailles Chantiers; 3) da estação Sant-Lazare em Paris, você deve descer na estação Versailles Rive Droite. Versailles é o maior símbolo de ostentação e ícone do poder absoluto da monarquia francesa, sendo o centro do poder do rei Luis XIV, o Rei Sol. Construído no local de um pavilhão de caça de Luís XIII, o palácio realizou o desejo do rei de deixar toda a corte ao seu redor. Em 1661, Luís XIV iniciou os primeiros passos para a realização do complexo. Confiou os trabalhos a Charles Le Brun e Louis Le Vau. Para realização dos jardins e parque, foi escolhido o paisagista André Le Nôtre, responsável pelo projeto dos Jardins des Tuileries. Após a morte de Louis Le Vau, Jules Hardouin-Mansart assumiu o posto e deu continuidade aos trabalhos, alterando completamente as dimensões do palácio. Com a morte de Luís XIV, a corte se estabeleceu em Vincennes e depois, Paris. Em 1722, Luís XV solicitou o retorno para Versailles. Com a Revolução Francesa, o palácio perdeu seus móveis, mas a construção permaneceu intacta. Após a morte de Luís XVI e Maria Antonieta na guilhotina, o complexo passou por períodos de incertezas quanto ao seu destino. Luís Filipe transformou o local em um museu dedicado à França, não concluído em sua totalidade devido à queda da monarquia em 1848. Após ser palco de vários acontecimentos históricos, atualmente Versailles, com seus 830 hectares, 2.143 janelas, 50 fontes e 20 km é uma das principais atrações francesas. Ao entrar, um choque visual: a magnitude do palácio não se observa apenas nas dimensões do exterior. O luxo do interior é algo inacreditável, com um trabalho exagerado na decoração e em detalhes que deixariam qualquer escola de samba com inveja. “Tudo em excesso faz mal”,...
As ilhas de Paris
As ilhas de Paris Na extensão do rio Sena há duas ilhas. Uma delas, em forma de barco, foi o local onde Paris nasceu. No século III a. C., os parisi, uma tribo celta, se fixou na ilha. Ao longo dos anos, defenderam o seu habitat até a chegada dos romanos, que transformaram o local em uma típica cidade romana, expandindo-a para as margens do rio. Em seguida, os francos dominaram o local, tornando-o um grande pólo comercial, sendo muito cobiçada por outros reinos. Assim, surgia uma das maiores cidades da Europa Ocidental. Mas não se engane! Mesmo analisando mapas, publicações, fotos, livros e guias sobre as ilhas, minha idealização das proporções eram muito distantes da realidade. Pequenas e compactas, as Îlle de La Cité e a Îlle de Saint Louise podem ser facilmente conhecidas em minutos. Enquanto a La Cité abriga relíquias como a Saint Chapelle e a Catedral de Notre Dame, a de Saint Louis é residencial, com bela arquitetura e um estranho silêncio. A Saint Chapelle é um ponto turístico que não pode faltar em seu roteiro. Uma magnífica obra-prima do estilo gótico, foi projetada em 1241 e as obras iniciaram em 1246. Concluída rapidamente, foi construída pelo rei Luís IX para servir de capela do palácio real. Nessa época, o culto às relíquias de Cristo era muito popular e os reis tornaram-se grandes colecionadores desses objetos. Para santificação da igreja, o rei comprou do rei bizantino Balduíno II a suposta coroa de espinhos de Cristo. Informações afirmam que o objeto custou um valor maior que o utilizado na construção da igreja. Composta por dois andares, as verdadeiras relíquias do local são os belíssimos vitrais, com 1113 cenas que contam a história da humanidade através da Bíblia. O outro símbolo da ilha não preciso dizer para estar em seu roteiro porque, provavelmente, já estará. A Catedral de Notre Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais góticas da França e é o ponto central de Paris. A área já foi ocupada por outras construções religiosas. Em 1160, o bispo Maurice de Sully, focado em transformar a cidade em um grande pólo religioso, decidiu construir uma igreja digna da cidade. Três anos depois é iniciada a construção da catedral, levando quase dois séculos para ser finalizada. Após se deslumbrar com os dois monumentos, atravesse a Pont St-Louis, que faz a conexão com as duas ilhas. Imediatamente percebe-se a diferença: não há carros pelas ruas e pouquíssimas pessoas caminham por elas. Segui pela rua central da ilha, a Rue St-Louis em I’îlle. Para acompanhar o passeio, um sorvete é uma excelente opção. É na rua citada que...
O monte dos mártires!
Uma das características principais do cinema é transportar as pessoas, dependendo da imaginação de cada um, para qualquer lugar do mundo. E, após viajar para vários países, e se deparar com uma belíssima cena de um filme que usa, como cenário, um lugar que você já visitou é, com toda certeza, uma perspectiva completamente diferente e prazerosa. “O fabuloso destino de Amelie Poulain” (Le Fabuleux destin d’Amélie Poulain, de Jean Pierre Jeunet – 2001) é um dos meus filmes favoritos e grande parte da história se passa no estonteante bairro de Montmartre, em Paris. Montmartre, segundo a lenda, significa “monte dos mártires” e está localizado ao norte de Paris, a 130 metros do nível do mar. É o local do martírio de Saint Dennis, o primeiro bispo de Paris, e de seus companheiros. O bairro, famoso pela sua vida noturna, atraiu inúmeros artistas consagrados, como Degas, Cézanne, Van Gogh, Renoir, Monet e Toulouse-Lautrec. Um pouco afastado do centro da cidade, para chegar ao bairro são necessárias algumas conexões de metrô, dependendo da sua localização. A estação de destino mais utilizada é a Pigalle. Ao sair do metrô, uma observação rápida – e chocante – para os mais conservadores: vários sex-shops, casas de massagem, lâmpadas coloridas, locadoras de “filmes para adultos”, para todos os gostos, compõem a rua. Com essa atmosfera, nada melhor do que iniciar o roteiro visitando o Musée de l’Érotisme (Museu do Erotismo), onde a história da sexualidade humana é apresentada – de uma forma, desculpe o trocadilho, bem explícita – através de centenas de estátuas, objetos, pinturas e acessórios sexuais, desde a pré-história até a era moderna. Alguns passos depois, está um dos maiores símbolos do bairro: o Moulin Rouge. Fundado em 1889, o cabaré segue ainda como um ícone da noite parisiense, famoso pelo lendário moinho vermelho instalado no terraço e dos extravagantes espetáculos de cancã. Se o seu “impulso turístico obrigatório” aflorar e o desejo de assistir a um show for incontrolável, compre o ingresso antecipadamente pelo site www.moulinrouge.fr. Ao subir a Rue Lepic, é impossível passar pelo Café des 2 Moulins e não notá-lo. A cor vemelho-sangue dos toldos e a fila de turistas não deixam dúvidas. Ao entrar no local de trabalho da personagem Amélie, uma decepção: a tabacaria onde a personagem Georgette ficava atendendo os clientes não existe mais. Em compensação, a atmosfera é a do filme, que aumenta com uma grande foto do rosto de Amélie em uma moldura redonda. Verificando o cardápio, concluí que o local tenta ao máximo aproveitar a fama, pois os preços são estratosféricos (4,50 euros por um pequeno café e o estabelecimento não aceita nenhum...